sexta-feira, 27 de abril de 2012

Priorado de Sião

A revisão do Mito

Rennes-le-Château
Em 1989, Pierre Plantard, desgastado pela progressiva divulgação em França da natureza fraudulenta da sua criação, decidiu negar a teoria de que o Priorado de Sião dataria de 1099 e teria sido fundado por Godofredo de Bulhão, mudando a data de fundação para o dia 17 de Janeiro de 1681. Segundo esta nova versão de Plantard, o Priorado teria sido criado nesta data, em Rennes-le-Château, por Jean-Timoleon Negri d’Ables.

A confissão da fraude

Pierre Plantard confessou perante a Justiça Francesa em 1993 (mais concretamente, ao juíz Thierry-Jean Pierre, no âmbito do processo Roger-Patrice Pelat[14]) ter criado esta sociedade com o objectivo de o legitimar para o trono de França como descendente Merovíngio.

A exportação da fraude

Em 1982, Lincoln, Baigent e Leigh, aproveitando a sugestão de Plantard e Chérisey de que os Merovíngios descenderiam da Casa de David, fariam com a sua obra O Sangue de Cristo e o Santo Graal, a sugestão hipotética de que estes monarcas descenderiam de Jesus Cristo. Ao saber desta hipótese, Plantard rejeitou-a publicamente na comunicação social francesa, afirmando que os anglo-saxónicos se estavam a aproveitar das suas teorias[15].
Numerosos autores acrescentaram detalhes a este mito moderno, mesmo após a revisão do mito em 1989 e a confissão de Plantard em 1993, criando um entrecruzamento sem fim de teorias e contra-teorias. Umberto Eco, na sua novela de 1988 o Pêndulo de Foucault, satirizou o sistema de associação sem provas que constitui o fundamento da pretensa sociedade secreta, e de modo geral, a forma de fazer pseudo-história que pode ser encontrada em tantas obras que se inspiraram na fraude do Priorado e nas teorias de Lincoln, Baigent e Leigh.

 

 


Na história recente, só dois outros fenômenos resistem a uma comparação com O Código Da Vinci na capacidade de imprimir sua marca em todos os níveis da cultura pop: O Senhor dos Anéis e Harry Potter. À primeira vista, porém, parece haver uma diferença fundamental entre eles. Os enredos criados pelos ingleses J.R.R. Tolkien e J.K. Rowling pertencem ao domínio da fantasia, enquanto o americano Dan Brown afirma desvendar uma "verdade", para a qual o gênio italiano que dá nome à obra teria deixado pistas ardilosas: o "segredo" da relação carnal entre Jesus e Maria Madalena, da qual nasceu uma linhagem que prossegue nos dias de hoje. Não é de admirar que O Código Da Vinci tenha indignado muitos dos 2 bilhões de cristãos do planeta, e incendiado a imaginação dos restantes. Agora a adaptação cinematográfica dirigida por Ron Howard e estrelada por Tom Hanks, no papel de Robert Langdon, um charmoso professor de "simbologia" (a cátedra não existe) de Harvard, deve amplificar o ruído já ensurdecedor em torno da obra de Brown. Depois de uma produção cercada de muito sigilo e fanfarra, o filme será visto pela primeira vez nesta quarta-feira, quando abrirá o Festival de Cannes. Na sexta-feira 19, inicia em cinemas do mundo todo, inclusive os brasileiros, uma carreira que pode levá-lo a tornar-se o terceiro título da história a quebrar a barreira do bilhão de dólares na bilheteria – feito até hoje realizado apenas por Titanic e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. O Código Da Vinci tem muito a seu favor, além da imensa popularidade do livro. Ron Howard, de Apollo 13 e Uma Mente Brilhante, é um narrador exímio, e o apelo de Hanks junto à platéia já foi diversas vezes testado e aprovado. A francesa Audrey Tautou, que faz a criptóloga Sophie Neveu, é uma estrela em ascensão, e os coadjuvantes, como Ian McKellen, Alfred Molina e Paul Bettany, exibem sólidos créditos dramáticos. As locações são esplêndidas, e o suspense é irresistível. E, em respeito não a crenças e doutrinas, mas à história, essas são as qualidades que se devem procurar no filme: tanto quanto O Senhor dos Anéis e Harry Potter, O Código Da Vinci é, sim, uma fantasia, conforme mostra a reportagem das páginas que se seguem – das melhores já produzidas pela indústria cultural.

Entre a verdade e a ficção
O (pouco) que pode ser levado a sério
em
O Código Da Vinci e o (muito) que
não passa de invencionice
 

Não há dúvida de que o clima de mistério, o tom conspiratório, o corre-corre e os personagens sinistros respondem por uma boa medida do sucesso de O Código Da Vinci. Mas a parte do leão nesse fenômeno pode ser reduzida a uma pergunta: será verdade? Desde a publicação do livro, em 2003, correm debates enfurecidos em todo o mundo, e entre todo tipo de gente, sobre a natureza real da ligação entre Jesus e Maria Madalena – e, com vigor apenas ligeiramente menor, também sobre as verdadeiras atividades da organização Opus Dei e sobre o papel de Leonardo Da Vinci nessa história toda. A seguir, VEJA esmiúça essas questões. Só uma delas ficará sem resposta: o que deu na cabeça de Tom Hanks, afinal, para usar o penteado que se vê nestas páginas?
A Santa Ceia
É possível que a figura à direita de Jesus
seja mesmo a de Maria Madalena?
Essa é a tese central de O Código Da Vinci e, segundo Dan Brown, a "prova" de que um pequeno número de pessoas, entre as quais Leonardo da Vinci, conhecia o "segredo" do relacionamento carnal entre Jesus e Madalena e dos filhos que dele nasceram. Mas essa teoria tão provocativa esbarra numa série de obstáculos. O primeiro deles é que na pintura renascentista era tradição representar João, o mais jovem dos doze discípulos, com aparência andrógina, quase feminina – e sempre à direita de Jesus, por ser seu favorito (ao menos de acordo com o testemunho do próprio evangelista). Dan Brown faz muito barulho também em torno da ausência de um cálice sobre a mesa. Uma das interpretações mais aceitas para a lenda do Santo Graal, ou Cálice Sagrado, é que ele seria a taça em que Jesus bebeu do vinho – ou, simbolicamente, de seu sangue – na Última Ceia. Brown argumenta que a ausência do cálice foi a forma que Leonardo encontrou para insinuar que não se tratava de um utensílio, e sim de Madalena: ela seria o receptáculo do sangue de Jesus, na forma do filho ou dos filhos que teve com ele. Novamente, o que se sabe sobre a arte da Renascença contradiz essa sugestão: o cálice está ausente também em algumas outras pinturas italianas anteriores à de Leonardo, já que o costume era enfatizar não a Eucaristia – a partilha do pão e do vinho –, mas o choque dos discípulos perante a afirmação de que um deles trairia Jesus.


A "PROVA" QUE NADA PROVA
Toda a trama de O Código Da Vinci repousa sobre a afirmação de que a figura representada à direita de Jesus no célebre afresco de Milão (visitado também no filme, por Hanks e Audrey) é a de Madalena, e não a do apóstolo João. Mas retratar João com suavidade quase feminina era uma tradição sólida da Renascença, seguida em dezenas de outras pinturas do período
Por esse mesmo raciocínio, é furada a teoria de que Jesus e Madalena se afastam de maneira a formar um V, ou um símbolo feminino, e que vistos em conjunto formam um M de matrimônio. Para os estudiosos, os apóstolos estão concentrados em pequenos grupos no afresco de Milão a fim de acentuar a desunião e a perplexidade causadas pela revelação de que havia um traidor em seu meio. Outro ponto decisivo, segundo O Código Da Vinci, é a mão "avulsa" que empunha uma adaga. No livro, isso é tratado como um simbolismo de que a verdadeira história de Madalena foi suprimida dos Evangelhos. Estudos em papel do afresco, no entanto, sugerem que Leonardo pensou em retratar o apóstolo Pedro no gesto de sacar da espada para defender Jesus do traidor (ainda incógnito naquele instante), conforme descreveu João em seu Evangelho.

Maria Madalena
Existe algum indício real de que
Jesus e Maria Madalena tenham
tido um relacionamento amoroso?
Em uma palavra, não. A principal fonte sobre a vida de Jesus são os Evangelhos canônicos, escritos por Lucas, Marcos, João e Mateus. Em todos eles, Madalena está presente na Crucificação. Nos de Lucas e Marcos, ela é mencionada também como a mulher de quem Jesus expulsou sete demônios, e que se tornou uma de suas seguidoras. O de Lucas dá ainda a entender que é Madalena a jovem que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, secou-os com seus cabelos e ungiu-os com óleo – episódio que passou à tradição como prova de seus célebres pecados e subseqüente arrependimento, e viria a batizar dezenas de instituições religiosas que se dedicavam a pôr na linha jovens "perdidas". À parte essas menções, porém, sua presença nos textos é um bocado fortuita. Muitos pesquisadores, então, se voltam para os Evangelhos Gnósticos (não reconhecidos pela Igreja), e em especial para o Evangelho de Maria Madalena, do qual se descobriram fragmentos nos anos 1940.
Nesses escritos, ela aparece como a preferida de Jesus e a que melhor o compreende, a ponto de incitar a inveja de Pedro. (Ou talvez sua irritação: pelo que se depreende, Madalena era uma espécie de primeira aluna da classe, sempre com a mão levantada para dar as respostas antes dos colegas.) No texto, Jesus manifesta sua admiração por Madalena e a beija na boca – uma saudação que, no Oriente Médio da época, era aceita mesmo entre homens e não serve como sugestão de preferência carnal. É daí que vem a teoria de que Madalena, e não Pedro, estava destinada a ser a fundadora da Igreja de Cristo. Uma teoria, é bom frisar, menos baseada em pesquisa de qualidade do que inspirada pelo feminismo beligerante da década de 1970.
Na hipótese remota de que um namoro como esse tivesse acontecido, por que ele não passou à história? Uma das teses sustentadas por Dan Brown é que, no século IV, o imperador Constantino armou uma grande conspiração – o Concílio de Nicéia – para suprimir essas informações e aquela, ainda mais explosiva, de que Jesus e Madalena teriam tido filhos. Na verdade, Nicéia não foi um conluio à moda petista, como ele pinta. Foi um dos mais complexos debates teológicos da história do cristianismo. Ao determinar como o aspecto divino e o humano convivem em Cristo, formou a base da doutrina cristã tal como é conhecida hoje. Nesse processo de depuração, que já corria havia séculos, muitos Evangelhos – entre os quais o de Madalena – foram rejeitados ou esquecidos. De acordo com a americana Elaine Pagels, professora da Universidade Princeton e uma das mais eminentes estudiosas de Madalena, essa supressão provavelmente foi mais estratégica do que sexista. Madalena pertencia ao gnosticismo, uma corrente que pregava um duro regime de iluminação pessoal e a rejeição à hierarquia. Uma Igreja assim só atrairia uns poucos caxias e nunca chegaria às massas – e as massas eram o objetivo dos apóstolos que prevaleceram.
Do ponto de vista apenas histórico, a idéia de um amor conjugal entre Jesus e Madalena soa ainda mais frágil. Sabe-se que Jesus tratava homens e mulheres como iguais, o que estarrecia seus seguidores. Numa passagem, por exemplo, ele conversa longamente com uma mulher à beira de um poço. Na Palestina do século I, representantes de sexos opostos não ficavam de bate-papo em público. Sendo Jesus e Madalena solteiros (e ela, sem pai ou irmão para vigiá-la), não haveria como esconder um romance dos íntimos do Nazareno. Como os apóstolos anotaram a boa vontade de Jesus para com as mulheres, apesar de não necessariamente aprová-la, deve-se concluir que teriam registrado também uma ligação afetiva dele com Madalena, se esta tivesse ocorrido. Os historiadores lembram ainda que era algo previsível que a doutrina terminasse por apequenar o papel das mulheres: o cristianismo nasceu do patriarcalismo judaico, e para ele retornou assim que esses primeiros arroubos igualitários arrefeceram. Daí também, por exemplo, a ênfase na virgindade de Maria – e de todas as demais Marias.
Madalena só foi eternizada como prostituta num sermão do papa Gregório, no século VI. Em 1969, o Vaticano tentou reabilitá-la, riscando esse dado de sua biografia, mas a moda não pegou. Embora Madalena tenha um papel crucial no Novo Testamento – é ela quem testemunha a ressurreição de Jesus, o milagre que fez do cristianismo uma potência de 2.000 anos de idade, em vez de uma seita esquecida –, ela parece destinada a ser lembrada sempre como a sedutora. Ou, pelo menos, como quer Dan Brown, uma sedutora mãe de família.

Leonardo da Vinci
A obra de Dan Brown é fiel ao
que a história sabe sobre o
gênio da Renascença?


Divulgação Franco Origlia/Getty Images
SIGAM ESTE HOMEM
O Homem Vitruviano é um dos desenhos mais famosos de Leonardo e também a imagem escolhida, no filme, para conduzir a investigação de um assassinato pela personagem de Audrey, a criptóloga Sophie Neveu, ao seu rumo correto
Obcecado pela relação entre matemática e natureza, Leonardo da Vinci (1452-1519) criou o mais célebre dos estudos conhecidos como "Homens Vitruvianos" – que consistem de uma figura masculina inscrita dentro de um quadrado e de um círculo, de forma a demonstrar a harmonia das proporções humanas, conforme os pressupostos do arquiteto romano Vitrúvio, do século I a.C. Essa é a imagem usada por um fictício curador do Museu do Louvre, em O Código Da Vinci, para chamar atenção para o motivo real de seu assassinato: agonizante, ele escreve mensagens cifradas com seu próprio sangue no piso da Grande Galeria e arruma-se, antes de expirar, na posição clássica do Homem Vitruviano. A partir daí, porém, Dan Brown dá pistas de que seu conhecimento sobre o italiano não é lá muito sólido. O escritor fala, por exemplo, das numerosas encomendas que o artista teria feito para a Igreja. Mas é notório que Leonardo não se deu bem na corte papal, então dominada no plano artístico por Rafael, e trabalhou sempre que possível à margem do Vaticano – que, para começar, nunca o autorizaria a estudar anatomia em cadáveres, como ele gostava de fazer. Leonardo era, à moda de seu tempo, um homem da ciência, e entendia a arte como extensão natural desta. A idéia de que ele a usasse para encriptar segredos esotéricos pode ser muito divertida, mas é também absurda.

Opus Dei
A organização é uma seita secreta,
como
O Código Da Vinci a apresenta?

Franco Origlia/Getty Images
Divulgação
UMA POLÊMICA REALFundada em 1928 por Escrivá de Balaguer (na foto à esq., com Álvaro del Portillo, à esq., e seu atual líder, Javier Echevarría, à dir.), a Opus Dei está sendo obrigada a se tornar mais transparente por causa de O Código Da Vinci. Mas nela não existem monges, como no filme (na foto à dir., Paul Bettany no papel do albino Silas)
O vilão de O Código Da Vinci é um monge assassino a serviço da Opus Dei. A caracterização do personagem já começa com um equívoco: a Opus Dei abriga padres e leigos, mas não monges. Ainda assim, esse é o único ponto do livro que incide sobre uma polêmica real, e não inventada. A Opus Dei não é uma sociedade fantasiosa como o Priorado de Sião. Ela congrega 84.000 membros no mundo todo, dos quais 1.700 estão no Brasil. Graças a sua aura de segredo e a práticas como a autoflagelação, ela se tornou a instituição mais controversa da Igreja Católica.
Fundada em 1928 pelo padre espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), a Opus Dei tem, desde 1982, o status único na Igreja de prelazia pessoal do papa: seus padres não respondem aos bispos locais, mas ao prelado em Roma. Conseguiu esse privilégio por causa do apoio incondicional ao papa João Paulo II, na defesa dos dogmas e valores católicos ameaçados pela modernidade. É também a única instituição da Igreja que congrega padres e leigos lado a lado. A idéia de Escrivá – que foi canonizado em 2002 – era que qualquer católico poderia ser um santo no dia-a-dia, no exercício de sua profissão. Para tanto, não se admite nenhum meio-termo na obediência às orientações da Igreja. A prelazia é ortodoxa em sua condenação ao aborto e ao sexo pré-matrimonial. O perfil típico de seu integrante é um profissional com formação universitária. Embora a organização não goste de ser caracterizada como tal, ela é uma espécie de corpo de elite católico. É também uma força conservadora, com contornos de direita. Na Espanha de Escrivá, vários de seus membros foram ministros da ditadura de Francisco Franco.
As duas categorias fundamentais da organização são os numerários, que moram em centros da Opus Dei, e os supernumerários, que somam 70% de suas fileiras e vivem fora. Somente os numerários praticam o celibato e se submetem à "mortificação corporal" – práticas que incluem o uso do cilício, cinta com pontas aplicada sobre a coxa, e da disciplina, espécie de chicote de corda com que se golpeiam as costas ou nádegas. Não é a autoflagelação sangrenta que se vê em O Código Da Vinci (embora o próprio Escrivá levasse a prática a extremos), mas é sem dúvida uma mostra de devoção violenta. "A mortificação é psicologicamente muito pesada. É algo que vai contra a natureza humana", diz o professor de matemática da USP Antonio Carlos Brolezzi, ex-numerário e autor de Memórias Sexuais no Opus Dei (Panda Books).
Como Brolezzi, muitos que deixam a Opus Dei fazem críticas duras ao clima de repressão e obediência absoluta. Afirmam, por exemplo, que não tinham pleno conhecimento da natureza radical do compromisso que estavam assumindo ao entrar para a organização. "Essa falta de transparência acabou prejudicando a própria Opus Dei", diz o jornalista americano John Allen Jr., autor de Opus Dei – Os Mitos e a Realidade (Campus/Elsevier). Allen, porém, acredita que, por força das críticas, a organização se encontra na contingência de ser mais aberta. Apesar dos exageros, o livro O Código Da Vinci foi importante nesse ponto: "Hoje, só quem passou os últimos anos escondido em uma caverna pode alegar que não sabe das práticas da Opus Dei", diz Allen.

O Priorado de Sião
Leonardo inventou um cryptex e
fez parte de uma sociedade secreta,
como afirma
O Código Da Vinci?


Toshifumi Kitamura/AFP

Um dos recursos que mais chamam atenção em O Código Da Vinci é o artefato intitulado "cryptex": um cilindro dotado de senha e concebido de forma a destruir o pergaminho contido em seu interior, caso alguém tente violá-lo. O engenhoso cryptex é a cara de Leonardo, cujo gênio irrefreável legou para a posteridade desde magníficos estudos anatômicos até desenhos para máquinas aladas. Mas quem vê cara não vê autoria: nenhuma invenção semelhante ao cryptex consta dos copiosos Códices em que o artista registrou seus esquemas e esboços. O mérito pela criatividade provavelmente pertence ao próprio Dan Brown – e a um punhado de sujeitos empreendedores que hoje fabricam suas versões do cryptex e as vendem pela internet.
A mais divertida (e provocativa) brincadeira de O Código Da Vinci, entretanto, é "revelar" a existência de uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião, que teria sido fundada em 1099 para guardar a verdade sobre a descendência de Jesus e Madalena – e da qual Leonardo teria sido grão-mestre. O verdadeiro Priorado de Sião foi uma confraria inocente estabelecida por um grupo de amigos em 1956. Na Biblioteca Nacional francesa existem documentos que falam das supostas atividades ocultas da sociedade; mas eles foram forjados e plantados ali nos anos 70, a título de blague, por um certo Pierre Plantard, que tinha ficha policial por fraude e associação com grupos anti-semitas. Já houve até documentários da televisão inglesa, a BBC, sobre a farsa. O Priorado, assim como muitos dos "fatos" de O Código Da Vinci, foi aproveitado por Dan Brown de um exemplo consumado de uma corrente literária que se poderia chamar de pseudo-história: Holy Blood, Holy Grail ("Sangue Sagrado, Cálice Sagrado"), dos autores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, um best-seller nos anos 80. Como imaginação fértil não entra na categoria de propriedade intelectual, no mês passado um juiz inglês inocentou Dan Brown da acusação de plágio movida por Baigent e Leigh.


Leonardo da Vinci 
& o codigo secreto?

O Código Da Vinci

 

O Código Da Vinci causou polêmica ao questionar a divindade de Jesus Cristo. A maior parte do livro desenrola-se a partir do assassinato de Jacques Saunière, curador do museu do Louvre. Robert Langdon, Sophie Neveu e Leigh Teabing vivem várias aventuras ao tentar desvendar códigos que deem resposta aos enigmas que Jacques Saunière deixou no leito de morte.
A trama do livro envolve desde grandes organizações católicas como o Opus Dei, até a sociedade secreta conhecida como Priorado de Sião, que, de acordo com documentos encontrados na Biblioteca Nacional de Paris, possuía inúmeros membros famosos como Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci.

 



Quem é Leonardo da Vince?


Leonardo di ser Piero da Vinci



Leonardo di ser Piero da Vinci foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta, músico, engenheiro, inventor, geologista, bonatista e escritor.

Em Assassin's Creed II, era bom amigo de Ezio. Seu papel principal no jogo é decifrar as páginas do codex, e com elas construir novos equipamentos para Ezio. Também inventou a Máquina de Voar, que Ezio usa para assassinar Carlo Grimaldi
Na vida realEditar

Leonardo di ser Piero da Vinci foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, "a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si que parece ser misterioso e distante".

Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença. Leonardo foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.

Leonardo era, em seu tempo, como até hoje, conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo. O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, é foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes - e frequentemente desastrosas - com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura - formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.

Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído, durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis), mas algumas de suas invenções menores, como uma bobinha automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.

Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.


Assassin's Creed II Editar
Florença Editar
No começo de Assassin’s Creed II, Leonardo conhece Ezio quando tem de fazer a entrega de quadros para Maria , mãe de Ezio, que acompanha sua mãe até a oficina de Leonardo.

Depois da execução de Giovanni , Federico, e Petruccio Auditore , Leonardo se encontra com Ezio novamente. É requisitado que ele conserte a Hidden Blade que Ezio, pegara do baú de seu pai. Leonardo fica fascinado com seu desing sofisticado, apesar de sua idade. Após várias horas de trabalho, enquanto Ezio dormia, Leonardo termina os reparos. Ezio descobre que, após algumas modificaçõs, a arma pode ser usada sem o "comprometimento" de seu dedo anelar... após uma brincadeira de mal-gosto de Leonardo. Os guardas estão procurando por Ezio, que virou um criminoso perseguido pelas autoridades da cidade, e uma testemunha diz que o viu entrando na oficina, o que causa que Leonardo seja interrogado por um guarda, que falha em notar o fugitivo. Já que Leonardo não diz nada sobre a localização de Ezio, o guarda apela para a força bruta para continuar o interrogatório. Ezio percebe o que está acontecendo e faz o "teste" de sua recém-consertada Hidden Blade, e assassina o guarda. Eles então levam o corpo do guarda para dentro, que é misturado com inumeros corpos que a cidade dá a Leonardo, que são usados em seus estudo de anatomia.

Leonardo não e visto novamente até 1478 quando Ezio o visita com uma página do codex adiquirida de seu tio, Mario . Leonardo decifra a página e, enquanto Ezio pratica as Novas técnicas de assassinato, ele constrói uma segunda hidden blade para seu amigo. Ezio pergunta sobre Francesco de 'Pazzi para Leonardo, que discretamente, diz que ele deve procurar La Volpe para mais informações. Depois disso, Leonardo aparece em diferentes partes do jogo, decifrando páginas do Codex, entre as diversas memórias.

Depois de para a conspiração dos Pazzi, Ezio recebe outra página do Codex de Lorenzo de' Medici e visita Leonardo, que melhora a Hidden Blade, dando a Ezio a capacidade de envenenar seus inimigos.

A última vez em que os dois se encontram nos Apeninos; Leonardo estava indo para Veneza e tem um problema com a roda da sua carroça. Ezio o ajuda levantando a carroça e possibilitando o concerto. Enquanto levantando a carroça Ezio percebe a Máquina de Voar de Leonardo, "Acho que descobri como fazer um homem voar, amigo" é o que Leonardo diz a Ezio, que retribui com um deboche. Ezio se oferece para dirigir a carroça, e eles partem para Romagna. Durante a viagem a carroça é atacada pelo soldados de Rodrigo Borgia. No final da trilha, Ezio devolve as rédeas para Leonardo e pula da carroça, querendo não arriscar mais a vida de seu amigo, enfrentando sozinho os guardas de Borgia. Após se livrar dos guardas, Ezio se encontra com Leonardo no porto, mas ele não tem um passaporte. Esse fato é facilmente superado depois de Ezio ajudar Caterina Sforza, que lhe garante a passagem para Veneza.
Veneza Editar
Adicionada por Hefestos951Após chegar em Veneza, Leonardo e Ezio são levados em um pequeno tour pela cidade pelo carregador de bagagens chamado Alvise, que os mostram os locais mais famosos de Veneza que estão no caminho até a nova oficina de Leonardo.

Ezio pede a ajuda de Leonardo, mas desta vez com algo desrelacionado a decodificação. Ele pergunta sobre a Máquina de Voar de Leonardo, a qual ele pode usar para entrar no Palazzo Ducale, onde Ezio planeja resgatar o Doge dos planos do templários Carlo Grimaldi. Depois de alguns testes com a Máquina, eles percebem que ela não pode ser usada para chegar ao Palazzo, já que a distância é muito grande e a "Máquina não foi projetada para voar por grandes distâncias", segundo Leonardo. Ele se irrita e começa a rever os planos da Máquina e não tem nenhuma idéia, até que, irritado, joga um papel na fogueira. O papel, com a sustentação do ar quente, acaba flutuando e Leonardo teve a idéia da qual precisava para a Máquina: Fazer várias fogueiras ao longo de Veneza, para sustentar o vôo da Máquina com ar quente.

Depois de ser acusado do assassinato do Doge de Veneza, Ezio vai até a oficina de Leonardo, pedindo uma máscara para cobrir o seu rosto, afim de não ser notado pelos guardas. Ezio também carrega uma página do Codex, que Leonardo decodifica, a página contém planos para um pequena pistola que pode ser acoplada à Hidden Blade de Ezio. Depois de testar a pistola, Leonardo dá a máscara que Ezio pediu e o aponta na direção de Irmã Teodora e Antonio , para que eles possam planejar o assassinato do novo Doge: o Templário Marco Barbarigo.

Leonardo e Ezio se vêem em um breve encontro, após Ezio descobrir sobre o navio templários retornando no dia seguinte. Ele aponta diversas incrições na parte de trás do Codex que falam sobre um "profeta que irá aparecer quando a Piece of Eden for levada à cidade flutuante (Veneza)

No DLC Battle of Forli, Ezio, Mario, e Nicolau Maquiavel, visitam Leonardo para que ele possa ajudá-los com a Apple, a qual eles adiquiriram de Borgia. Infelizmente eles não conseguem descobrir mais nada sobre a Apple, e após a sua ativação acidental, eles decidem que ela deve ser levada para Forlì, longe das mãos templárias.

Quase no final do jogo, Leonardo pode ser encontrado na Villa em uma oficina improvisada, na qual sua única função seria decodificar as páginas remanescentes do Codex.
Características e personalidade Editar

Em Assassin's Creed II, Leonardo da Vinci é retratado com um homem animado e otimista. Ezio é seu melhor amigo, e por isso, ele o trata como seu irmão, e já tomou grandes riscos para si tentando protegê-lo, apesar de ficar claro que coragem não é a sua mais forte característica.

Apesar de ser um artista respeitado, e também curioso sobre os mistérios e maravilhas do mundo, Leonardo gostava de deixar as coisas para depois, constantemente atrasando trabalhos que foram terminados anos após sua data de previsão, e muitos não foram nem mesmo terminados. Apesar disso, quando Leonardo está intrigado com alguma coisa, ele se dedica fiélmente a descobri-la e explorá-la, como visto com as páginas do Codex.

Leonardo foi provavelmente homossexual. Esta teoria é corroborada pelo fato de que em 1476, ele foi acusado de sodomia. Também é especulado que Salai, seu assistente por muitos anos, era seu amante. Sua pintura São João Batista foi uma das muitas pinturas em que Salai foi o modelo usado, e após a sua morte em 1519, ele deixou a Mona Lisa paracom ele.
Curiosidades Editar
Desing da Hidden Blade no estilo de desenho de Leonardo
Adicionada por Hefestos951Todas as modificações feitas por Leonardo em aparelhagem dos Assassinos, são providenciadas por planos contidos no Codex, escrito por Altaïr, que apenas ele e Giovanni Auditore podem decodificar e traduzir. Provavelmente, Leonardo teve inspirações para algumas de suas invenções através do Codex.
Igual aos outros personagens principais, a aparência de Leonardo é inalterada durante os 23 anos passados no jogo, desde a primeira vez visto em Florença, até a última, na Villa Auditore, em 1499.
Interessantemente, no romance O Código da Vinci, de Dan Brown, Leonardo é citado como o Grão-Menstre da sociedade secreta conhecida como o Priorado de Sião, uma organização que estava conectada com os Cavaleiros Templários. A ironia é que ele era amigo próximo de Ezio, um Assassino, que no tempo das cruzadas, eram inimigos dos Templários.
Historicamente, Leonardo se tornaria mais tarde um amigo próximo e engenheiro militar para Cesare Borgia, filho de Rodrigo Borgia.
Quando Ezio acidentalmente ativa a Apple, no DLC Battle of Forlì, imagens similares aos desenhos de Leonardo para o tanque podem ser brevemente vistas, levando-o ao desing de sua outras invenções.
Ezio usa uma pistola de mecanismo Wheel-lock, baseada e construída através das páginas do Codex, escritas por Altaïr. Mas esse mescanismo só foi desenvolvido um pouco depois do começo da linha de tempo do jogo, e Leonardo projetou uma das primeiras armas com esse tipo de mecanismo.
Leonardo não tinha sobrenome; "da Vinci" significa, literalmente "da [cidade de] Vinci," indentificando sua