terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dólar fecha em R$ 1,6630 e zera perda de 2011

Dólar fecha em R$ 1,6630 e zera perda de 2011

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 1,6630, em alta de 0,79% em relação ao fechamento de ontem. Com a alta dessa terça-feira, a moeda norte-americana reverte a tendência de queda no ano e
zera quase toda a perda de
2011, já que em 31 de dezembro de 2010 fechou em R$ 1,6640.
A surpreendente queda de juros promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e os sinais de deterioração da economia mundial provocaram uma mudança brusca na trajetória da moeda brasileira.
Depois da decisão do Copom, divulgada em 31 de agosto após o fechamento do mercado, a moeda americana subiu 4,33%. É uma trajetória completamente diferente do início do ano até o fim de agosto, quando acumulava
queda de 3,51%.
'Estamos assistindo a uma fuga para ativos mais líquidos à medida que se avolumam as indicações do fraco desempenho dos Estados Unidos e da Europa', diz André Perfeito, economista da Gradual Investimentos.
Pode parecer irônico, mas em momentos de tensão com a economia americana os investidores fogem para ativos de maior liquidez, como o dólar. Daí a valorização da moeda americana em relação a diversas divisas no mundo, incluindo o real.
Também colabora para a queda do real as medidas adotadas pelo governo para elevar o IOF sobre o capital especulativo e a polêmica decisão do BC de cortar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual para 12%, quando a maior parte do mercado esperava manutenção.
O corte brusco da Selic diminuiu a diferença entre os juros praticados no Brasil e no exterior, reduzindo a lucratividade das operações de arbitragem conhecidas como 'cupom cambial'. Como a diferença ainda é muito grande - os juros estão zerados no exterior -, o efeito não é tão imediato e a operação ainda é bastante lucrativa.
Mas, de acordo com operadores de câmbio que preferiram não se identificar, o movimento abrupto do BC indica a disposição do governo Dilma de reduzir os juros e os investidores já podem estar apostando nisso. Para consolidar essa posição, o mercado aguarda a divulgação da ata da reunião do Copom, que ocorre esta semana.
Outro fator relevante, na visão do mercado, é a perda de credibilidade do BC. Os investidores começam a acreditar que o banco não está mais comprometido com o combate da inflação. 'O mercado perde a confiança no BC e na política do Brasil, o que se reflete no valor da moeda', disse um operador.
Nos bastidores, o governo federal está comemorando o efeito do corte de juros sobre a taxa de câmbio, porque a desvalorização do real ameniza os danos sofridos pela indústria nacional com a entrada de importados.
(Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo)

 

Dia do sexo

Prato feito ficou mais caro em agosto, segundo IBGE

Prato feito ficou mais caro em agosto, segundo IBGE

Os principais itens que compõem o prato dos brasileiros ficaram mais caros na passagem de julho para agosto, o que ajuda a explicar a alta de 0,72% no grupo alimentação e bebidas, que por sua vez puxou a inflação de 0,37% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 'Em agosto, os alimentos foram responsáveis praticamente pela metade da taxa do IPCA', disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Ficaram mais caros o arroz (1,82%), o feijão carioca (0,58%), o feijão preto (0,37%), as carnes (1,84%), o frango (2,74%), os pescados (1,76%) e a linguiça (1,48%).'Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no pescado. A típica refeição do brasileiro. São produtos importantes que aumentaram em agosto', afirmou Eulina.
'As carnes, que têm peso muito forte, estão em período de entressafra. Em geral, elas aumentam no segundo semestre do ano. Mas os produtores também estão vinculando o preço mais alto aos aumentos dos custos de produção, por causa dos preços do milho e da soja. Os gastos estão mais altos com ração', disse.
Também subiram os preços do açúcar cristal (3,90%), do açúcar refinado (3,22%), do leite pasteurizado (1,83%), do café moído (1,42%), dos ovos (0,60%) e do pão francês (0,63%)
'O açúcar cristal e o refinado sofrem influência da cana-de-açúcar. A safra vai ser menor do que a do ano anterior, e os problemas climáticos têm afetado a qualidade da cana. Então, o açúcar vem pressionando a taxa', explicou a coordenadora do IBGE.

Pinguim-celebridade


Pinguim-celebridade é solto na Antártida após se recuperar de cirurgia



Pinguim-celebridade é solto na Antártida após se recuperar de cirurgiaUm pinguim-imperador que se tornou celebridade mundial após aparecer em uma praia da Nova Zelândia em junho foi libertado neste domingo no Oceano Antártico para nadar de volta ao seu habitat original, na Antártida.
O animal foi encontrado em uma praia ao norte de Wellington, a 3 mil quilômetros de distância de sua colônia. Seu aparecimento surpreendeu especialistas em vida marinha - segundo eles, esse foi apenas o segundo caso de um pinguim-imperador encontrado na Nova Zelândia.
O pinguim batizado de Happy Feet foi solto na manhã desde domingo a cerca de 80 quilômetros da ilha Campbell, após se recuperar de uma cirurgia para remover três quilos de areia do estômago.
Ele adoeceu gravemente depois de comer areia, que confundiu com a neve que os pinguins engolem para permanecer hidratados.
Comoção
O caso do pinguim comoveu o país e ganhou espaço no noticiário internacional. Na semana passada, centenas de pessoas visitaram o zoológico de Wellington para se despedir do animal antes de seu retorno à Antártida.
Uma campanha pública arrecadou mais de 20 mil dólares neozelandeses (R$ 27 mil) para cobrir parte dos custos do tratamento do animal.
Sua recuperação foi acompanhada online por mais de 120 mil pessoas, por meio de uma câmera de vídeo.
Segundo a veterinária do zoológico de Wellington Lisa Argilla, que acompanhou a viagem de Happy Feet de volta a casa, o animal precisou de 'um pouco de estímulo' para deixar o caixote no qual havia passado seis dias no barco que o levou ao local onde foi solto.
Mas ele logo deslizou por uma rampa improvisada e saiu nadando, segundo ela.
O pinguim teve instalado um dispositivo para rastreamento para que o zoológico possa acompanhar seu progresso.
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