Oposição do Fluminense denuncia erro de contagem em eleição de Peter Siemsen
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Tiago Leme/ESPN
O presidente do Flu, Peter Siemsen, está no cargo desde o final de 2010
O responsável pela denúncia foi o benemérito Marcos Furtado, que não era da chapa de Júlio, mas manifestou apoio formal na ocasião. Hoje, Marcos trabalha na Secretária de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado, da qual Júlio é secretário.
A informação aponta que, por causa do erro, Siemsen teria ficado com 36 votos a mais do que realmente teve. Este número não influenciaria na vitória, que na época foi registrada por 1.726 a 831 votos. No entanto, a possível diferença favorável ao atual presidente permitiu que ele conseguisse mais de 50% do total de votos. Por causa disso, a chapa vencedora pôde eleger todos os 150 conselheiros, o máximo possível. Sem o suposto erro de contagem, a oposição teria direito a 15 vagas no Conselho. Na época, o processo eleitoral foi fiscalizado por três representantes do Ministério Público.
"Na quinta-feira passada, eu estava descendo para o trabalho, e o porteiro me entregou uma caixa com um remetente anônimo. Achei estranho, mas levei para casa e abri. Quando vi que se tratava de cédulas da última votação, resolvemos chamar um representante de um cartório, que é uma pessoa que tem fé pública para a abrir e ver a contagem", explicou Marcos Furtado, à reportagem do ESPN.com.br.
O material recebido por Marcos Furtado foi levado nesta sexta-feira para a polícia. Os votos foram recebido pela delegada Monique Vidal, da 9ª DP do Rio de Janeiro, que evitou dar maiores detalhes sobre o caso antes de uma apuração mais profunda.
"Recebi essa urna e ainda vamos ver como esse caso será encaminhado Vou mandar o material para a perícia para verificar a veracidade", explicou a delegada, ao ESPN.com.br.
Júlio Bueno, candidato derrotado por Siemsen, também falou sobre o assunto. "Nem estou mais interessado na política do Fluminense, mas isso chegou à casa de um conselheiro e deve ser apurado".
O Fluminense preferiu não se manufestar nesta terça, mas, caso o erro seja comprovado pela Justiça, os 15 conselheiros da oposição teriam direito a assumirem as cadeiras. Peter Siemsen está na presidência desde dezembro de 2010, e o seu mandato termina no final deste ano.
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