sexta-feira, 15 de março de 2013

Óculos smart podem ser usados em área industrial no futuro

Atualizado: 14/03/2013 | Por Parmy Olson- Forbes Brasil
Óculos smart podem ser usados em área industrial no futuro
Concorrentes do Google Glass pretendem manter foco no uso profissional dos aparelhos


Muito se especula sobre a aceitação do Google Glass em ambientes comuns, como cafeterias. Uma em Seattle, nos Estados Unidos, inclusive, proibiu o uso destes objetos no seu interior. Mas, se os óculos da gigante de busca e seus concorrentes realmente quebrarem o senso comum de etiqueta, terão mesmo é de passar por testes em ambientes industriais específicos. Pense em armazéns e zonas de construção civil e trabalhadores de emergência e reparação de máquinas.
Divulgação
A Vuzix é a única empresa que vai lançar um produto que pode competir com o do Google no meio deste ano. O seu M100 opera em sistema Android e custará menos de US$ 500.

Na semana passada, a empresa anunciou que começou a enviar protótipos para os desenvolvedores e que os engenheiros de software interessados estão trabalhando, em grande parte, em aplicativos que utilizam o dispositivo para profissionais médicos e engenheiros.
Segundo o CEO da Vuzix, Paul Travers, a empresa está mais interessada no uso industrial do dispositivo do que em entretenimento. “Quando um técnico olhar para um equipamento, o M100 dirá ‘olhe para a sua direita’ e ficará mais fácil de trocar o que precisa ser trocado”, explica.

Em alguns casos, as unidades com câmeras embutidas podem transmitir vídeos ao vivo para a sede da corporação, para que outros supervisores vejam como o trabalho está sendo feito e possam dar dicas. Ou podem, pelo menos, gravar e enviar o vídeo posteriormente.

Travers sugere que grandes marcas, como a alimentícia Mars, deveriam ficar de olho na exposição dos produtos e na captura de imagens nas lojas. “Muitas pessoas estão criando softwares para isso”, afirma. Segundo ele, alguns dos programadores que procuram o dispositivo da Vuzix são de equipes de desenvolvimento internas de empresas de serviços.


A Vuzix construiu o M100 como o primeiro aparelho smart que dispensa o uso das mãos no mundo. Ele não pode ser usado como um computador, mas funciona em conjunto com outros aparelhos com sistema Android.
Outro produto similar, mas mais volumoso, é o Golden-i, um dispositivo que não precisa de auxílio para ser usado como computador, produzido pela Kopin em colaboração com as operadoras Verizon e Motorola Mobility. Pesando 130 g, como anunciado na feira de tecnologia CES 2013, é preso à cabeça por meio de um capacete opera em sistema Windows CE e tem opção de Wifi.
A Kopin pensa no uso de seu aparelho por policiais e bombeiros. Uma demonstração na CES mostrou como esses profissionais poderiam usar a câmera e o mapa na rua em tempo real.
Já o Google pretende uma abordagem mais popular com o seu Glass. “Eles estão trabalhando duro para tornar este um produto de massa, e acho que neste mercado você precisa de coisas que sejam mais bonitas, como óculos de sol”, afirma Travers.
“Nós estamos no começo desta nova onda de tecnologia”, afirma Tony Rizzo, organizador de uma conferência sobre o tema, que acontecerá em julho, em Nova York. “A cultura do ‘traga seu próprio aparelho’ irá expandir negócios e consumo e se generalizar ao longo dos próximos cinco anos.” Quando se trata de óculos, no entanto, talvez demore um pouco mais até que fique popular.


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